As profissões liberais serão afetadas pela introdução de ferramentas de inteligência artificial. Bruxelas acolheu a 15 de março um seminário para entender o impacto desta mudança tecnológica na atividade dos profissionais, assim como oportunidades e desafios inerentes.
O evento foi organizado pelo Conselho Europeu das Profissões Liberais (CEPLIS), a União Nacional de Profissionais Liberais e Intelectuais da Bélgica (UNPLIB) e pelo Sindicato Neutro dos Trabalhadores Independentes da Bélgica (SNI).
O evento foi aberto pelo vice-presidente da UNPLIB, Jean Ruwet, que lembrou que a inteligência artificial generativa representava tanto uma promessa de aumento da qualidade do serviço quanto um desafio ético para os profissionais. Apontando os limites dessa tecnologia, destacou que, embora a inteligência artificial possa ajudar a fornecer melhores serviços e conselhos aos nossos clientes e pacientes, ela não pode substituir a inteligência humana.
Um professor da Universidade Livre de Bruxelas (ULB), Jean-Noël Missa, discutiu aspetos filosóficos da inteligência artificial e defendeu a visão de que a inteligência artificial geral, que poderia substituir completamente os humanos em suas atividades profissionais, ainda hoje permanece um sonho distante.
Em relação às aplicações concretas da inteligência artificial para profissionais liberais, o professor Theodoros Koutroubas, diretor do CEPLIS, destacou o impacto da tecnologia na carta relacionada aos Valores Comuns das Profissões Liberais. Em particular, a necessidade dos legisladores garantirem a confidencialidade dos serviços e conselhos fornecidos pelos profissionais e de garantir a formação contínua ao longo da vida para educar os profissionais sobre a digitalização contínua das profissões liberais.
Este é um dos temas em destaque da edição nº 5 de 2024 do Telegram, publicação do Ceplis, Conselho Europeu das Profissões Liberais, que a Associação Nacional dos Profissionais Liberais integra desde 2023.
Consulte gratuitamente este e outros artigos no Ceplis Telegram (pdf).
