A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está a formar uma equipa de funcionários dedicada a concretizar o plano de Mario Draghi para a competitividade da União Europeia (EU). O grupo de trabalho terá como objetivo transformar as recomendações do antigo presidente do Banco Central Europeu em propostas concretas e potencial legislação.
O relatório de Draghi sobre a competitividade, publicado em setembro, apresentou uma série de ideias para as instituições e capitais da UE combaterem a “agonia lenta” que a Europa corre o risco de enfrentar devido à falta de investimento em inovação, à fragmentação dos mercados financeiros ao longo das fronteiras nacionais e à dependência excessiva de empresas não europeias para o fabrico e fornecimento de alguns bens e serviços estratégicos.
Segundo mandato
Von der Leyen fez das sugestões de Draghi o centro do seu segundo mandato como presidente da Comissão, incorporando as suas principais conclusões, com exceção da emissão conjunta de dívida da EU.
Ao apresentar a sua nova equipa perante o Parlamento Europeu, no final de novembro, von der Leyen anunciou que a principal iniciativa do próximo mandato de cinco anos será uma “bússola da competitividade” para reduzir a diferença de inovação com os Estados Unidos, descarbonizar a economia da UE e aumentar a sua independência económica, tendo cada comissário sido instruído a contribuir para estes objetivos.
Embora as suas palavras tenham sido um pouco vagas, o lado concreto do seu anúncio é o trabalho em curso para formar um grupo de funcionários – incluindo figuras do pequeno grupo que ajudou Draghi a escrever o seu estudo e o manteve confidencial – para ajudar os departamentos da Comissão a manter a implementação do relatório no bom caminho.
O relatório Draghi também foi um tópico importante na Assembleia das PME de 2024, realizada em Budapeste, Hungria, de 18 a 20 de novembro. Preocupadas com a falta de dinamismo económico da UE, as organizações da sociedade civil, como a CEPLIS, sublinharam a necessidade de remover toda a administração desnecessária sobre as PME, o que prejudica o seu potencial.
Estes são alguns dos temas da edição nº 17 de 2024 do Telegram, publicação do Ceplis, Conselho Europeu das Profissões Liberais, que a Associação Nacional dos Profissionais Liberais integra desde 2023.
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